Um recente estudo publicado na importante revista científica Clinical Journal of Sport Medicine verificou o aumento na incidência de lesões musculares após a troca do Técnico (1). Antes mesmo de explorarmos um pouco o estudo, verifiquemos alguns números apresentados em manchetes esportivas de veículos de comunicação de destaque em nosso país:
No Brasil, 90% dos times trocam de técnico durante uma temporada. Essa elevada frequência nos coloca entre os 6 países que mais demitem, sendo eles: 1º Costa Rica (100%); 2º Turquia (94%, esse o país onde o estudo acima citado foi executado); 3º Argélia (94%); 4º Romênia (94%) e 5º Moldávia (91%). Na principal liga nacional, a Premier League da Inglaterra, o percentual de troca é de 40% e na França de 25% (2).
Utilizando como base de cálculo o período desde 2006, onde passou a ter 20 clubes na Série A do Campeonato Brasileiro. Atingimos no atual Campeonato de 2018, já no mês de agosto (17ª rodada) o recorde da média de mudanças de técnicos a cada rodada. Foram 0,94 mudanças por rodada neste ano e a menor média sendo alcançada em 2012 com 0,50 mudanças por rodada. Esperemos o final da competição para saber se o recorde será mantido (3).
Um levantamento com os 21 principais clubes do Brasil nos últimos 15 anos verificou que o tempo médio de trabalho dos Técnicos foi de 6 meses. Desde 2003, quando a competição é disputada por pontos corridos, o Técnico Muricy Ramalho foi o que teve o maior tempo de trabalho no mesmo clube. Foram 42 meses na trajetória do Tricampeonato Brasileiro pelo São Paulo FC entre 2006 e 2008 (4).
Diante do cenário nacional, podemos verificar um contraponto a um dos principais objetivos para qual trabalham as Ciências do Esporte, que é a redução do risco de lesão. No estudo realizado com os atletas profissionais da Super League da Turquia, os dados foram coletados consecutivamente durante o período de 2014 a 2017 (118 atletas de dois clubes; Clube A = 64 e Clube B = 54). Uma das justificativas para o estudo de acordo com os autores, era que a Superliga Turca tem uma das maiores frequências de rotatividade de treinadores entre as ligas de futebol da elite europeia. Sendo que eles são a 6ª maior economia dentre as principais ligas, representando mais de 1 bilhão de euros. Os autores analisaram a incidência de lesões musculares no período total e compararam com os 2 momentos que representavam: as 2 primeiras semanas e o 1º mês após a troca de Técnicos. O principal achado do estudo foi que a incidência de lesão que era de 2,3 lesões musculares por 1000h de exposição, aumentou 2,3 vezes em comparação com as 2 semanas após a demissão (5,3 lesões musculares por 1000h de exposição). Além disso, a chance também aumentou 1,9 vezes dentro do 1º mês de troca (4,5 lesões musculares por 1000h de exposição) (1).
Agora uma ressalva antes de concluirmos, o estudo foi realizado no futebol turco, precisamos e podemos fazer uma análise semelhante no futebol brasileiro. Sabemos das questões profissionais, culturais e psicossociais que influenciam grandemente o tópico aqui discutido, o que certamente não encerra, pelo contrário, podemos aqui iniciar uma ampla discussão sobre o tema. E aí, qual é o seu posicionamento?
REFERÊNCIAS:
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